Governo pede ao STJ suspensão da greve dos servidores ambientais

Brasil
Governo pede ao STJ suspensão da greve dos servidores ambientais

meio ambiente

Governo federal considera greve dos servidores ambientais ilegal e abusiva

A Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em nome do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dor Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em que pede a suspensão da greve dos servidores públicos ambientais, com imediato retorno às suas funções.

Na ação, a AGU aponta considerar a paralisação ilegal ou abusiva, por não cumprir os requisitos ou extrapolar os limites previstos na legislação. A greve teve início após o governo federal não atender às demandas de reestruturação e valorização da carreira feita pelos trabalhadores e indiciar o fim da mesa de negociação.

“A greve instaurada, além de impactar seriamente o exercício normal e rotineiro das atividades institucionais do Ibama e do ICMBio – sejam os relativos à área-meio, sejam os relacionados à sua área finalística – tem criado obstáculos intransponíveis para os entes públicos autores”, frisa o órgão do governo federal.

Ao STJ é requerida ao menos a determinação para que a categoria mantenha 100% do atendimento dos serviços considerados essenciais, sob multa diária de R$ 50 mil em ambos os casos.

A AGU afirma ainda que, em ofício enviado pela confederação e pela associação que representa a categoria, foi informado que, em relação às atividades de licenciamento Ambiental, serão mantidos 10% dos servidores trabalhando em atendimento às demandas de concessão, renovação ou acompanhamento de licenças ambientais em casos de emergência ambiental ou calamidade pública.

“Não é necessário realizar maiores digressões para se concluir que este reduzidíssimo percentual fatalmente acarretará enormes impactos para inúmeros empreendimentos (e consequentemente inúmeros empresários e trabalhadores) do país que aguardam a conclusão do procedimento de licenciamento ambiental para o desempenho de suas regulares atividades”, pondera o órgão.

Atualmente, a paralisação atinge as atividades em escritórios regionais de 21 estados.

Fonte