17 de junho de 2025
Entretenimento

filme gravado na Chapada dos Veadeiros

cultura

Longa é dirigido pelo cineasta goiano Érico Rassi

Foto: Divulgação

O cinema brasileiro ganha mais um lançamento nesta quinta-feira (27) com a estreia de Oeste Outra Vez, novo longa dirigido e roteirizado pelo cineasta goiano Érico Rassi. Rodado na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, o filme traz no elenco nomes de peso como Babu Santana e Ângelo Antônio e se destaca pela sua abordagem do gênero faroeste.

A história acompanha Totó (Ângelo Antônio) e Durval (Babu Santana), dois homens rudes que entram em conflito após serem abandonados pela mesma mulher. A rivalidade entre eles toma proporções perigosas quando ambos decidem contratar pistoleiros para eliminar um ao outro, desencadeando um rastro de violência e tensão. A trama vai além da ação típica dos westerns, explorando a solidão masculina e a dificuldade dos personagens em lidar com suas próprias vulnerabilidades.

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Vencedor do último Festival de Gramado, Oeste Outra Vez levou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Fotografia (André Carvalheira) e Melhor Ator Coadjuvante (Rodger Rogério). Antes de chegar às telonas de todo o Brasil, o longa teve exibições especiais em Goiás: primeiro em uma pré-estreia na mostra O Amor, a Morte e as Paixões, no dia 23 de fevereiro, em Goiânia, e depois, a partir do dia 6 de março, no Cine Cultura, onde segue em cartaz.

A produção chama atenção pelo visual impactante, com fotografia premiada que explora o cenário árido e vasto da Chapada dos Veadeiros. O diretor Érico Rassi destaca que a região funciona como uma versão brasileira do icônico Monument Valley, cenário de clássicos do faroeste americano. Para compor a narrativa, ele realizou uma pesquisa extensa sobre a cultura sertaneja, revisitando grandes autores como Hugo de Carvalho Ramos, Bernardo Élis, João Ubaldo Ribeiro e Jorge Amado.

Críticos elogiam a atmosfera do filme e sua abordagem única do gênero. Segundo o jornal O Globo, Oeste Outra Vez dialoga com a tradição do cinema de gênero (faroeste), mas sem ceder ao apelo das sequências de ação. “Há méritos significativos nas variadas contribuições artísticas, a julgar pela qualidade do roteiro (de Rassi), da concepção visual e do trabalho do elenco”, diz a crítica de Daniel Schenker.



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