17 de junho de 2025
Brasil

Família questiona investigação de morte de brasileira na Holanda

INDIGNAÇÃO

Polícia concluiu que Taiany morreu de forma acidental

Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, que caiu do quarto andar de um prédio na Holanda (Foto: Reprodução)

A investigação sobre a morte de Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, que caiu do quarto andar de um prédio na cidade de Breda, na Holanda, na manhã da última sexta-feira (3), não convenceu a família da vítima. Pedagoga brasileira, natural de Planaltina, no Distrito Federal, ela vivia na Europa há seis anos e havia se mudado recentemente para aquele país, onde morava com seu namorado, Edgard Van de Boom, de 53 anos.

A polícia local concluiu rapidamente a investigação, declarando que a queda foi acidental, mas a família da vítima contesta essa versão. Segundo relatos de amigos e familiares, Taiany vivia um relacionamento abusivo com Edgard, que demonstrava ciúmes e possessividade. A irmã de Taiany, Naiany Martins, afirmou que, embora Taiany nunca tenha detalhado os abusos, ela comentou sobre as tentativas de controle por parte do namorado e de envolvimento que queria terminar o relacionamento.

Antes de sua morte, no dia 2 de janeiro, Taiany teria se encontrado com amigas e, ao retornar ao apartamento, o namorado tentou acessar seu celular, o que teria gerado uma briga. Testemunhas relataram ter ouvido gritos de socorro e uma pessoa sendo atacada. A polícia holandesa, no entanto, manteve a versão de que ela se desequilibrou ao se pendurar na janela e caiu acidentalmente.

A família segue buscando apoio do consulado brasileiro na Holanda para ter acesso ao inquérito e entender melhor as circunstâncias da morte. Além disso, a família tenta arrecadar recursos para o traslado do corpo de Taiany, cujo custo é estimado em 7 mil euros (cerca de R$ 45 mil).

O caso gerou grande repercussão e a mãe da vítima, Eliane Martins, fez um apelo público pedindo justiça e ajuda para trazer o corpo de sua filha de volta ao Brasil. Ela também pediu que as autoridades revisem a investigação, considerando o histórico de comportamentos abusivos relatados pela família.

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