Edmundo González, candidato presidencial da Plataforma Unitária Democrática (PUD), a maior coligação de oposição na Venezuela, pediu nesta sexta-feira (5) aos membros das Forças Armadas para serem “guardiões da nossa Constituição” e que garantam “a decisão do povo venezuelano”.
Em uma publicação no X por ocasião do 213º aniversário da declaração de independência da Venezuela, González lembrou aos militares qual deveria ser o seu papel nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
“Eles exercerão o seu direito de voto nos termos da lei, não podendo participar em atos de propaganda, militância ou proselitismo político”, afirmou.
O artigo 328 da Constituição venezuelana indica: “As Forças Armadas Nacionais constituem uma instituição essencialmente profissional, sem militância política, organizada pelo Estado para garantir a independência e a soberania da Nação e assegurar a integridade do espaço geográfico, através da defesa militar, da cooperação na manutenção da ordem interna e na participação ativa no desenvolvimento nacional, nos termos desta Constituição e da lei”.
“No cumprimento das suas funções, está ao serviço exclusivo da Nação e em nenhum caso ao serviço de qualquer pessoa ou partido político”, adiciona o artigo.
Por sua vez, a líder da oposição no país, María Corina Machado, também se dirigiu às Forças Armadas sobre o seu papel.
“A nova Venezuela precisa de Forças Armadas nacionais sólidas e rigorosamente institucionais. Aderindo ao artigo 328 da Constituição e, sobretudo, com militares respeitados pela sociedade da qual fazem parte”, comentou em vídeo divulgado nas redes sociais.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também discursou às Forças Armadas por ocasião do dia 5 de julho.
“Com infinito orgulho, parabenizo nossa gloriosa FANB pelo seu dia, você carrega em seus genes o heroísmo, a coragem e o espírito indomável dos Libertadores da América, você é uma força indomável; o maior escudo protetor da Pátria”, destacou em comentário no X.
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